Ouroboros Lair: 2015

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Convicções e deslumbramentos

Partindo do princípio que até aos 10 anos, não tenha lido mais de 100 livros, claro que estamos a falar de um ser excepcional e que entre os 10 e os 25 tenha devorado mais uns 5000, ficamos ainda com cerca de 44.900 para distribuir por 38 anos o que nos dá uma média de cerca de 1181 livros por ano. Se a isto se retirar as horas de trabalho e outras relacionadas, comuns à maioria da população que tem um emprego fixo, ou seja 8 horas dia nos de trabalho e 16 horas nos fins de semana feriados e férias, passamos a ter uma média anual de cerca de 4032 livros lidos, ou seja cerca de 11 livros por dia.

Usando um cálculo igual para a sua biblioteca, segundo o próprio de 50000 volumes de ficção científica, se atribuirmos como data para o início da compra 1967, ou seja 48 anos de compras e imagino que tenha mais para além destes, nem que seja uns 1000 que não são de ficção científica, só para desenjoar, temos mais um número grandioso, ou seja cerca de 1062 livros comprados por ano. Pronto, deve ter recebido alguns de presente. Mesmo assim baixando para os 1000 para arredondar, temos quase 3 livros comprados por dia.

E para garantir que em nenhuma categoria lhe possa escapar o Guinness, isto em metros lineares, tendo como base que destes 51000, uns 20% são de bolso ou brochados e que o resto é como o detentor das obras gosta de referir “hardcover”, tendo 10200 entre os 1 e 2 cm e os restantes 40800 entre os 4 e 5 cm, teremos 1,98 km de metros lineares.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Filantropia, cavalheirismo e modéstia (Outras Literaturas. Banda desenhada, Policial, Ficção Científica 16 mai 2015 | 15:00 - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa)

excerto retirado da versão original do vídeo de

«Raparigas cintilantes e gente animalada. Vampiros fruto de engenharia genética. Um contra-ataque aos marcianos, com Júlio Verne e H. G. Wells a desvendar mistérios»

Com Fátima Vieira (moderador), Fábio Fernandes, João Manuel Rosado Barreiros e Lauren Beukes

Mas que outra literatura é esta que associa ao progresso tecnológico o thriller policial, o fantástico e o terror? É a Ficção Científica (FC), reinventada por Lauren Beukes, Fábio Fernandes e João Barreiros. Nesta sessão será feita uma reflexão sobre a cultura contemporânea, a partir de mundos imaginados em três continentes. A discussão da natureza e da geografia da FC contemporânea, que passará também pela exibição de curtas-metragens de FC produzidas em África, na América do Sul e na Europa, procurará desvendar não só as potencialidades que o género literário tem hoje para oferecer enquanto arma de crítica social, mas também como instrumento de construção do devir – um futuro que o leitor de FC muitas vezes pressente como estando assustadoramente próximo.