quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Drácula Libertado - Brian Aldiss


Drácula Libertado

Autor: Brian Aldiss
Data de Publicação:
Editora: Caminho
Páginas:
ISBN: 972-21-0907-3


"No relato que se segue - em que ambos sobressaímos - há terror, horror, maravilhamento e algo que inominável. Uma espécie de nostalgia por aquilo que nunca se experimentou."

Neste livro do Brian Aldiss, nº 165 da extinta colecção de ficção cientifica da Caminho, vamos encontrar uma história de vampiros, e desenganem-se os que pensarem, que estamos perante mais uma história de vampiros. Nananana!!! Isto é a sério, mesmo a sério. Vampiros maus que comem, devoram e brincam com a comida - que são os humanos, entenda-se. Vampiros que quando querem algo apoderam-se do que pretendem, e usam-o e mesmo assim invejam em parte os humanos. Não são vampiros que se apaixonam e respeitam a raça humana, porque não precisam de o fazer.

Por outro lado temos os humanos que não ficam doidinhos por serem vampiros, nem estão dispostos a dar o pescocinho ao apaixonado para fazer bom sexo. Os humanos, os poucos que conhecem a existência dos vampiros, tem terror e desejam ardentemente acabar com tal perigo, pois sabem que qualquer um desses seres sem alma e sem raciocínio muito complexo, será um perigo para todos as pessoas que conhecem e amam.

A história tem várias ideias excelentes. O romance inicia-se com a descoberta de duas sepulturas pré-históricas, encontradas no Utha e a comunidade cientifica fica em polvorosa por os testes situarem os ossos com uma idade superior a 65 milhões de anos. Muito antes de qualquer ser humano ter caminhado sobre a terra.
Durante as descobertas um comboio fantasma visita as sepulturas e dois dos cientistas entram no comboio (que se encontra repleto de vampiros) e descobre que está numa máquina do tempo - que é o comboio.

Após entrar no comboio, uma das personagens principais, pára o comboio no final do séc. XIX e conhece o Bram Stoker o criador do famosos romance Drácula. A partir deste ponto inicia-se uma luta contra aquele que pretende aniquilar toda a humanidade - Drácula.
Mas o livro está cheio de pormenores muito engraçados, desde os já conhecidos e discutidos paradoxos temporais, até à explicação do aparecimento dos vampiros, que achei especialmente interessante. Durante todo o romance a personagem principal debate as suas crenças, que até aí são puramente cientificas. Com a descoberta  dos vampiros, ele não pode negar a possibilidade da existência de Deus, já que perante ele, tem a prova viva da "existência do mal".

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Piscina Livre - André Carneiro

Piscina Livre


Autor: André Carneiro
Data de Publicação: 1980
Editora: Editora Moderna
Páginas: 133
ISBN:




André Carneiro é considerado um dos mais importantes escritores e crítico de Ficção Científica no Brasil, foi através da sua obra que a Ficção cinetífica ganhou notoriedade no exterior. Não só com a sua prosa, mas também com a sua poética, mas sem nunca abandonar a dedicação em outras artes. (...)

Seu romance "Piscina Livre", traduzido na Suécia, alcançou sucesso critico. A.E. Van Vogt (USA) o comparou a Kafka e Albert Camus. Também Alcântara Silveira afirmou que conseguia a mesma "atmosfera" de Kafka de "A Metamorfose". "A Dictionary of Contemporary Brazilian Authors" afirma que escreve "a mais original F. C. do Brasil".


André Carneiro, galardoado internacionalmente, é considerados por vários críticos como um dos mais notáveis escritores brasileiros de ficção cientifica. Nesta Piscina Livre, uma utopia futurista erótica, é permitido às mulheres usufruir da sua sexualidade, com múltiplos parceiros ou recorrendo às "piscinas livres" com andróides criados especificamente para esse fim.

André Carneiro, consegue criar em poucas paginas um mundo real e pleno, sem falhas e cheio de pormenores que o tornam verdadeiro. Uma obra que devido a sua forte componente de termos científicos e da sua excelente estruturação, nunca leva o leitor a achar que se trata de uma obra de cunho erótico apenas.

Um romance/novela que alguns poderão considerar como sendo feminista, outros poderão caracteriza-lo como sendo uma critica social contra o racismo. Aborda de um modo inteligente e original ambos os temas, assim como toca no eterno tema do amor, da escolha e da ambição.

Original.