É sempre um consolo ver que nos lêem, mesmo sendo o leitor alguém que afirma:
" Ora, que me lembre, nunca li sobre esses vampiros antes, nem o Bram Stoker nem a Anne Rice (acho que ainda tentei, felizmente sem sucesso)."
e que antes escreve:
"Tenho gasto algum deste espaço a referir e a elogiar o que conhecidos meus fazem (quando não estou, simplesmente, a auto-promover-me), não tenho culpa de ter amigos criativos e que criam, portanto, coisas.";
colando-se assim à notícia sobre a antologia organizada pelo LFS para a SdE. Mas o melhor mesmo, é reproduzir um excerto da prosa:
« Quando escrevo “vampiros”, leia-se “aqueles livrinhos pretos com histórias policiais” e não “sugadores de sangue que não podem ver a luz do sol”, de que trata exactamente o livro do Ardo. Ora, que me lembre, nunca li sobre esses vampiros antes, nem o Bram Stoker nem a Anne Rice (acho que ainda tentei, felizmente sem sucesso). Agora já posso dizer que li. “Memórias de Um Caçador de Vampiros” é um livro de aventuras, daqueles sobre os quais escrevia Rogério Casanova no Ípsilon de há uma semana, daqueles gulosos que servem para enriquecer a dieta rigorosa de “grandes livros”, daqueles que relembram o prazer primordial de ler, que encontram a criança maravilhada que está dentro de nós (salvo seja). Nesse tal texto, Casanova debruçava-se sobre “Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa”, pelos vistos um logro (e quem não gosta de um bom logro literário? este senhor), tal como como “Memórias…” o poderia ser, no sentido de parecer a tradução portuguesa de um autor americano esquecido pelo “bom gosto”, no sentido de lembrar as traduções para português desse misterioso Dennis McShade. A acção, conduzida pelo protagonista e narrador Rick Chambers, o dito caçador, passa-se todinha em terras americanas e explora os seus ícones (as terriolas pequenas, os pregadores, as motas e os casacos de cabedal, o herói duro e monossilábico), assim como mitologias cinematográficas não menos yankees, no caso “Vampires” de John Carpenter. A preocupação principal do autor, como o próprio confessa (afirma, que não se está a falar de crimes), é entreter o leitor, nunca o aborrecendo. Assim, o maior elogio que se lhe pode fazer é escrever que o objectivo foi plenamente atingido. O objectivo foi plenamente atingido.» [o realçado é meu].
Aqui fica o endereço para quem quiser ler a prosa integralmente:
http://numaparagemdo28.tumblr.com/post/12796936477/livros-memorias-de-um-cacador-de-vampiros
Caro João Lameira muito me apraz que se tenha apercebido do meu desagrado.
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