segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Equívocos, enganos ou outra coisa?

Desta vez é o livro de Miguel Real, tal como já tinha acontecido com o do Luís Corredoura, alvo das mais "interessantes" opiniões, emanadas de um certo "fandom" alojado em esconso cantinho. Num país de fraca memória e ainda menor coerência, os que teceram as "críticas" acabaram por lhe atribuir um prémio. Quem sabe tal se não repetirá.




5 comentários:

  1. desconheço o livro de miguel real, mas posso afiançar que o do corredoura, não sendo obra perfeita (falhas, aliás, tem muitas a que aludi nas minhas observações "interessantes" emanadas do meu canto do fandom, tinha uma belíssima perspectiva de história alternativa um bocado acidental. que era, aliás, o melhor e mais empolgante do livro. quanto ao prémio, tanto quanto sei foi uma votação colegial. não foi a minha ou a opinião de outro que o escolheram para primeiro adamastor de literatura fantástica. houve muitos a votar (quantos e quem, não sei e é assim que deve ser, creio). e repare-se que na votação do público durante o fórum este livro ficou em terceiro lugar.

    confesso que nunca percebi muito bem essa vossa cena da divisão, questiúnculas e intrigas entre os cada vez menos apreciadores sérios de FC (e boa fantasia), géneros que por cá mal se mantém vivos... um dia peço a alguém que me explique :) .

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  2. Caro Artur Coelho,

    A "opinião" sobre o livro do Corredoura não foi minha e referia ditadores e suásticas. Compreendo que os autores, por questões óbvias, se tenham já esquecido, mas isso é outra história.
    Já quanto ao júri não faço ideia quem tenha sido, nem o mesmo, ao contrário do que é comum, foi revelado. Mas isso são coisas lá deles.
    Já o não entender «muito bem essa vossa cena da divisão, questiúnculas e intrigas entre os cada vez menos apreciadores sérios de FC», não deixa de ser estranho, mas posso contribuir com uma dica: «Artur Coelho aliás, suspeito que a mostra se dedique à comunidade anglo-americana residente em albergaria...»(aliás secundada pelo seu amigo RR). Espero ter ajudado.
    Cumprimentos,
    Álvaro

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  3. pronto, bom humor não é cena que vos assista ;) puxando dos meus galões, note que o mesmo autor da boca sobre comunidades anglo-americanas de albergaria (que se calhar até existe) também a divulgou nos seus canais (ui, que pretencioso que isto soa). na eventualidade de passar a norte de leiria nos próximos tempos, é evento que está marcado no meu radar.

    quando ao corredoura, agora fiquei curioso com a opinião com suásticas. devo ter perdido essa (mas diga-se, hereticamente, que não leio tudo tudinho da blogoesfera e redes sociais sobre FC e F, tenho felizmente muitas outras coisas intrigantes a desafiar-me e o tempo é limitado) (se calhar demasiadas, mas não resisto a desafios). as minhas opiniões são minhas, valem o que valem, reflectem as minhas leituras e experiência pessoal. e não pretendo que sejam mais que isso. fiquei contente pelas distinções que recebeu, porque, sublinho, sem ser um livro perfeito surpreendeu, não só pela solidez das ideias (já a da prosa seria outra conversa) mas por ter surgido de forma tão inesperada.

    boa sorte com a mostra bibliográfica. se conseguir passar pelo norte nos próximos tempos não faltarei a uma visita.

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  4. Não fosse este comentário do «A ilustração está estupenda! Já o cartaz ser em inglês, é um bocado curioso...» (18/2 às 8:03), já para não falar da "brilhante tirada do JB «E os "autores" de FC foram votados ao ostracismo!» (18/2 às 14:30), e o facto de a sua nota se manifestar só depois, encararia tal como uma tirada humorística. Neste contexto torna-se mais difícil de a ver como tal. Mas se foi óptimo.
    Claro que não esqueço que divulgou a Mostra, o que agradeço, assim como o facto de estar interessado em a visitar.
    Eu gostei do romance do Luís Corredoura, o qual como qualquer primeira obra tem os seus problemas, problemas que de forma alguma lhe tiram o mérito.
    Ir lendo o que se vai escrevendo sobre a FC e Fantasia é algo que me habituei a fazer desde sempre e assim vou conseguindo estar minimamente a par do que se diz e passa, assim como das mudanças de opinião.
    Não deixa de ser curioso que não tenha estranhado o secretismo em torno do júri do prémio.
    Espero que consiga visitar a Mostra que esta lhe agrade.
    Cumprimentos,
    Álvaro

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  5. Olá, Álvaro.

    O secretismo não será tão curioso se olharmos para isso como um assumir de responsabilidades da própria organização do prémio. Num meio pequeno como é o nosso, mais do que discutir a constituição do júri convém dar o holofote às obras em si (tão pouco divulgadas entre nós, como sabemos).
    Ora, numa votação tão democrática como esta (e sublinho que TODAS as obras tinham hipótese de ser nomeadas, tendo o resultado do júri coincidido em larga escala com a votação do público, se não na ordem exacta das obras pelo menos nas mais votadas em ambas as situações), não nos fez sentido deixar de ser a organização a assumir a "cara" da iniciativa, optando por convidar pessoas de alguma forma envolvidas na edição e/ou critica do fantástico, desde que não estivessem directamente envolvidos nas obras nomeáveis. Como a constituição de cada painel variou, foi mais uma razão para que os mesmos não fossem divulgados. De qualquer maneira, discutível que possa ter sido essa opção, foi também feita para que os diferentes membros dos paineis pudessem votar em plena liberdade.
    Como disse, isso não significa que não hajam responsáveis, porque nesse capítulo a organização dos prémios, e eu mais que todos, assume-a por inteiro.

    Cumps,
    Rogério

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