terça-feira, 11 de setembro de 2012

Tomar as dores de ...

Para que não fique qualquer dúvida no ar, apesar de um tal Anton Stark (curioso pseudónimo) se estar a meter onde não é chamado e se arreigar o direito de afirmar «... mas nós não vamos deixar perturbar a Con.», como se soubesse do que fala ou fosse membro da organização, assim como fiquei sem saber quem são, os "nós". A seguir reproduzem-se os comentários proferidos no FB.



Apresentados os mesmo, quero sublinhar que é admirável o excelente vocabulário e domínio da língua que demonstra caro AS e que não me interessa minimamente que o JB vá ser ou não vosso autor. Isso é assunto que apenas diz respeito a si «na medida de editor» de «projecto emergente». Também a si apenas diz  respeito o facto de o seu «projecto emergente» ir publicar um livro seu, o que é também de realçar, sobretudo depois de ter lido as suas inflamadas opiniões no grupo Escritores Emergentes, no FB, sobre as vanity press, e agora ver o seu projecto editorial «emergente» ser quem vai publicar um livro seu, livro esse que irá ter «lançamento oficial dias 29 e 30 deste mês, no Porto, durante a EuroSteam Con.».

Certamente que muito disto explicará o que escreveu. 

Muito me apraz saber que «... note-se que o grito de guerra não está, neste momento, a partir do João.». Receio imaginar o alcance de frases como a anterior ou as seguintes: «... proteger um dos meus autores do que quer que possa acontecer. Não é desculpá-lo, é protegê-lo.» ou esta «... correndo o risco de o chatear não só a si, senhor Holstein, mas também ao João, pela forma admitidamente condescendente como vou dizer isto: se os meninos querem brigar...», pois corria o risco de ver nelas alguma espécie de ameaça. Prefiro imaginar que são apenas fruto de um problema de formulação (como em: «... se os meninos...» que me lembrou logo "se os jovens", quando entramos no barbeiro) de um fan do JB que não se conseguiu controlar.

Uma coisa é certa a sua opinião e ou vontade em nada concorrerão para alterar o futuro.

Apesar de acreditar que o JB nada tem a ver com isto, não posso deixar de lhe lembrar o provérbio:


Fia-te na Virgem e não corras ...

8 comentários:

  1. Ora bem, vamos lá por pontos:

    Primeiro, em relação à minha legitimidade moral para falar sobre a Con. Vou ser visitante do evento, e tenho direito a não ver o evento arruinado por brigas pessoais. Vou ser participante do evento: a Editorial Arauto vai ter uma banca própria e concederam-nos graciosamente meia hora para apresentarmos o livro, e ainda algum tempo para uma sessão de autógrafos. Nessa medida também não permito que perturbe um evento do qual faço parte integrante.

    O "nós" sou eu, o Mário Coelho e o Hugo Soares (os meus dois colegas da editora), e a organização da convenção. Para que não fiquem dúvidas sobre as nossas respectivas identidades.

    Segundo, a questão da editora e do meu livro. Numa palavra: Touché. Mas já esperávamos ouvir este comentário de algum lado, é uma pergunta perfeitamente pertinente. A resposta, que há, pode não ser suficiente para si, mas aqui vai: o meu trabalho correu várias pessoas (posso dar-lhe nomes se quiser) e concluiu-se que ele tinha qualidade suficiente para ser editado por uma editora já estabelecida. E posso dizer-lhe até que ele ia ser enviado à Presença. Contudo, ao abrirmos o projecto da editora (do qual terei todo o gosto de o informar noutros lados se assim o quiser), verificámos que precisávamos de uma obra para o "arrancar". A Saída de Emergência começou com Lovecraft, por exemplo, antes de partir para as obras seguintes. Foram o Mário e o Hugo que me convenceram de que o meu livro poderia ser editado por nós, sabendo não só que eu teria direito a menos exposição e publicidade que numa editora normal que me aceitasse, mas também que estariamos sujeitos à crítica que acertadamente colocou, justificada pela minha tomada de posição contra as vanities. Se a resposta não o convenceu está no seu pleno direito. Quando o site da nossa empresa ficar online no próximo mês poderá verificar que nós de vanity não temos nada.

    Terceiro, mantenho-me por aquilo que disse: se quiserem andar ao murro e ao pontapé como rapazes do 4º ano, by all means, já têm idade suficiente para saber no que se metem. Mas vão fazê-lo fora do espaço da Con. Explicitando: se começarem, vão ser convidados a sair. Se não saírem e também não cessarem a vossa briga, metemo-vos na rua (sim, arrastados se tiver que ser). A guerra não é nossa (i.e. do público e participantes da Convenção) e não temos de a aturar.

    Por último, duas notas: a primeira é de que não sou nenhum fanboy do João. Sou seu amigo recente e li um livro e um par de contos dele, não mais. Gosto dele enquanto pessoa. E quanto à protecção, como eu disse, "[são] para atitudes mais graves que duvido que ocorram entre gente educada e civilizada". Eu não luto as batalhas dos meus amigos por eles. Mas luto ao lado deles se eles me pedirem e eu achar que eles merecem.

    A segunda nota refere-se ao seu comportamento. A sua guerra é com o João, mas por atitudes como estas que está a demonstrar, espero estar enganado ao achar que está a ver se arranja uma comigo. Eu ao contrário do João não tenho uma paciência aguçada por anos de ensino e não estou disposto a ser importunado por querelas sem sentido. Não desejo de todo entrar em conflito consigo (até porque nem o conheço de lado algum, e prefiro conhecer as pessoas antes de me tornar inimigo delas), mas já o fiz por ocorrências bem menos gravosas que posts como este.

    P.S.: O meu pseudónimo é uma contracção do meu primeiro nome com uma adopção de um apelido curto e sonante que, na opinião de quem me conhece, descreve uma boa parte da minha personalidade (dado que stark = inflexível, forte).

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  2. Já agora, convém acrescentar duas coisas.

    A primeira é que não, o João não teve nada a ver com isto, pelo que o velho adágio é desnecessário.

    A segunda é de que eu falei consigo no Facebook, que possui um belo sistema de mensagens instantâneo e de mensagens públicas. Achei de mau tom vir responder-me para o seu blog pessoal que eu não conhecia antes de ontem, podendo portanto a sua resposta escapar-me. O que não é agradável quando se está a discutir algo com alguém.

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    1. Realmente convém. A resposta aqui resultou de um comentário público que publicou no FB. Os responsáveis por esse espaço, pediram para não manter a "conversa" aí, pelo que melhor local haveria que aqui. O seu post pessoal, lá não tem assim cabimento. As ameaças que lá faz são pueris, sendo de realçar a parte: «Isto fará com que eu, e com alguma probabilidade os meus colegas da editora e os próprios organizadores do certame, o convidemos a si e ao João a ir resolver as coisas lá fora.» que muito me lembra vou chamar os meus amigos do bairro.

      Quem falou em algazarra e afins, foi o "amigo" pelo que ou se precipitou ou gostava de ter alguma animação para apimentar o seu lançamento.

      No post anterior a este continua com a conversa estragada e assim não tenho como "ler" o que escreve, a não ser como ameaças. Gostei imenso da parte em que auto se vangloria e como demonstra ser mau e perigoso. Será que me devo esconder até acontecer a Con? Devo andar com uma foto sua, para o poder reconhecer na rua? Não andar de noite? Contratar guardas-costas? Por favor não hesite em me esclarecer.

      Quanto às justificações sobre a imensa qualidade da obra, das inúmeras possibilidades de ser publicada por uma major, assim como a explicação do nome, elas falam por si. Nem comento.

      Uma coisa é certa quem falou em zaragata foi o "amigo", assim como se meteu onde não foi chamado.

      Quando escreve: «A sua guerra é com o João, mas por atitudes como estas que está a demonstrar, espero estar enganado ao achar que está a ver se arranja uma comigo. Eu ao contrário do João não tenho uma paciência aguçada por anos de ensino e não estou disposto a ser importunado por querelas sem sentido.», vejo-me na obrigação de o esclarecer:

      1º. Não existe nenhuma guerra com o João. Contudo ele tem de assumir as consequências do que escreve;

      2º. Quem veio a terreiro "meter conversa" foi o "caro amigo";

      3º. Consequentemente a sua paciência ou falta dela é problema seu;

      4º. Apesar do nome Stark estar associado a lobos quem não o quer ser não lhe veste a pele;

      5º Fica assim claro que se algum conflito advier partirá de si e obviamente a ele não me furtarei.

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    1. Fiquei muito satisfeito em constatar que sabe escrever duas palvras. Parabéns!

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  4. Caro Álvaro,

    O Anton Stark não faz parte da organização da ESC, mas eu faço. E sinceramente, entristece-me que estejamos a ser arrastados para isto.

    Compreendo que existam problemas e a necessidade de os resolver. Lamento que lhe tenham faltado ao respeito, mas ao utilizar a nossa convenção como palco para resolver problemas pessoais, está a fazer exactamente o mesmo em relação ao nosso trabalho. Peço que se lembre que a organização da ESC (que, note-se, consiste de mim, da Joana Neto Lima, ao André Nóbrega e do Rogério Ribeiro - qualquer outra pessoa não tem o direito de falar por nós) não tem responsabilidade nenhuma no que aconteceu (aliás nem sabíamos de nada até agora), pelo que é injusto sermos envolvidos nisto.

    O nosso objectivo é criar um evento diferente e que celebre o steampunk. Todos os que queiram contribuir são bem-vindos.

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    1. My bad. Não pretendia de todo falar por vocês, e inclui-vos naquele "nós" de forma errada e pouco ponderada, o que levou ao presente estado de coisas. Such as it is, ofereço as minhas desculpas à equipa.

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    2. Cara Sofia,

      Não pretendo, nem pretendi nunca criar qualquer embaraço à organização da ESC.

      Desde que soube que iam organizar uma Convenção Steampunk que declarei o meu apoio e que lá iria, mais nada.

      O que se tentou criar aqui foi uma diversão, polvilhada com publicidade.

      Imaginando que o senhor Anton Stark estava a extravasar as suas competências, assim o referi.

      Desejo o maior sucesso à vossa Convenção.

      Álvaro

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