Os discos e os livros. Têm exatamente a mesma sorte, a mesma vida efémera nas prateleiras?
Porque, pura e simplesmente, ao fim de três meses, não vende, sai. É uma vida efémera que está cada vez a tornar-se mais rápida. Com efeitos muito negativos, quer em relação aos escritores portugueses quer aos músicos. Porque os lugares nas prateleiras estão a ser ocupados pelos best sellers anglo-americanos traduzidos a eito. E também aqui se verifica um dispositivo de dominação cultural. É esse o nome que eu dou no campo musical, porque não merece outro: é um dispositivo de dominação cultural.
(António Pinho Vargas)
extracto de uma entrevista que o músico, compositor e investigador deu ao DIÁRIO AS BEIRAS na véspera de receber o Prémio Universidade de Coimbra.
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